quinta-feira, 21 de junho de 2007

Aprendendo com a derrota

Ano II - Edição 38/2007

Eu acreditei. Muitos escreveram confirmando que também acreditaram. Milhões tinham certeza da virada. Histórica. Mágica. Mítica. Mas esquecemos de combinar com o time. Mais uma vez, quem deu as cartas foi o Boca. E merecidamente levantou a Copa pela sexta vez. ¡Congratulaciones, Bosteros!

Análise fria? O próprio Boca mostrou que é possível marcar 3 gols, já que anotou seus 2 e desperdiçou um pênalti em pouco mais de 15 minutos. O que faltou? Agora começa a lista...

Maturidade. Embora recheado de jogadores experientes e experimentados, a equipe do Grêmio foi montada neste ano, com 6 ou 7 titulares contratados ou surgidos nas categorias de base.

Objetividade. Desde o jogo da semana passada, vimos que atacar não estava entre os objetivos do Grêmio. E ser campeão ser atacar, sem fazer gols, é muito difícil.

Pegada. Onde foi parar a garra característica desse time? Ficou nos porões da Bombonera? Não teve raça, não teve vontade. Gavillán foi o mais raçudo de todos! Desde quando?

Deslumbramento. Talvez enfrentar a mítica camisa do Club Atletico Boca Juniors, o maior clube de futebol do mundo (comprovado pela quantidade de títulos conquistados) tenha afetado os jogadores. Sumiram. Sucumbiram diante do adversário, como se este fosse mágico...

É possível escrever muitas linhas aqui. Mas o que aconteceu deixou bem claro que a equipe, limitada, do Grêmio está de parabéns, pois mostrou o quanto esse clube pode ser - e é - Imortal. Mal saído do inferno, chegou, aos trancos e barrancos, à final da maior competikção continental, contra o maior clube! Um feito! Só faltou encarar o Boca como encara o Caxias (ou qualquer outra equipe). Porém fiquei com a impressão de que isso não poderia ser executado pelos nossos jogadores. Algo parecia ser mais forte que a realidade. Uma equipe fraca, desquilibrada e desgastada fez cinco tentos no nosso time.

Agora é bola pra frente, levantar a cabeça, deixar no passado o que passou e encarar o Campeonato Brasileiro, para obter nova classificação à Libertadores no ano que vem. E não deixar que este tropeço no final, fato ímpar na vida do Tricolor dos Pampas, afete o resto do ano, que tem tudo para seguir sendo brilhante.

Sorte aos Xeneizes no Japão (eu sigo simpatizando com eles) e muita vontate, técnica e tática para o Grêmio, que ainda tem 32 rodadas pela frente, até a conquista do Campeonato Brasileiro!

É isso, Imortal Tricolor. Essa é nossa imortalidade: sempre buscar o porvir, deixando o passado para trás, apenas marcando as glórias. E ser a segunda melhor equipe da América do Sul é uma das tantas glórias que levamos para o nosso promissor futuro.

Força, Grêmio, hey!

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