domingo, 25 de abril de 2010

Final do Gauchão - parte I

Contra o Pelotas teria sido mais difícil e teria mais emoção. Mas como o formulismo permite que equipes notadamente inferiores cheguem à decisão do campeonato, só nos resta enfrentá-los. E ainda tomar cuidado para não ofendê-los, aplicando goleadas.

Assim, o Grêmio entrou em campo, ou na várzea, para os que não conseguem usar a imaginação para ver as coisas de forma poética, disposto a vencer, mas sem humilhar. Foi difícil... Claro que a parte de não humilhar! E foi o que fizemos: começamos a partida mostrando quem somos e a que tínhamos ido até o antro varzeano. O chiqueiro, bastante vazio, acompanhou o ímpeto inicial do Imortal Tricolor, disposto a definir o resultado logo no início. Jonas e Borges perderam chances reais. Sorte dos vermelhos, pois foram dois gols a menos no cômputo geral.

Findo o primeiro tempo, os moranguinhos desceram, tensos, para os seus bueiros, chamados de vestiários, para discutir se deveriam mudar de atitude, de esquema tático, de cor de camisas ou de adversário, já que o Grêmio dera sinais muito claros de que venceria a partida. Resolveram voltar da mesma forma.

Então o Grêmio, que já entrara em campo com time misto, desfalcado de Maylson, Douglas e Fabio Santos, substituiu Ferdinando, colocando Adilson. Nem isso foi capaz de fazer os locais assumirem uma posição de hombridade frente a sua torcida. Foi então que Rodrigo, após cobrança magistral de escanteio, desviou a bola de cabeça, com vigor, para as redes de Abbondanzieri. Foi tão bonita a cabeçada que o prórpio arqueiro parou para assistir a bola entrar. Após nova chance aos macacos, também não aproveitada, o Grêmio resolveu encerrar a partida anotando mais um gol, novamente de cabeça, desta vez uma obra de Borges. Novamente o defensor símio detentor da camisa de número 1 parou para ver a bola estufar as suas redes, tamanha a primazia do cabeceio do Atacante Imortal.

O resultado final de 2x0 para o Grêmio não representou o que foi a partida. A goleada só não foi aplicada por pena, afinal não é assim que devemos tratar o nosso irmãozinho caçula, né?

Agora, com a vantagem garantida, o Grêmio receberá estes símios avermelhados no Olímpico Monumental, o Templo Máximo do Futebol Gaúcho, palco verdadeiramente adequado para sediar uma final de campeonato.

É como manda a tradição dos últimos 12 anos, o Grêmio sagrar-se-á campeão gaúcho, pois o campeonato é decidido em GRE-nal.

Domingo, já sabes, né? Camisa, bandeira, boné e tudo o que tiveres, porque será dia de festa!

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