Treinos cá, treinos lá!

Primeiro, cá: foi ontem, no Olímpico Monumental que o Grêmio fez uma péssima apresentação, apática, fraca. Tudo isso segundo a imprensa, vermelha, claro. Assistindo apenas ao compacto da partida é possível ver facilmente que o Tricolor dos Pampas jogou e bem. Foram sucessivas chances criadas frente ao arqueiro goiano, a maior parte dela mal aproveitadas, como tem sido uma constante em partidas de futebol. Ah que bom seria se todas as conclusões resultassem em gol, né? Teríamos placares semelhantes ao handebol ou ao vôlei. Mas é de futebol que estamos falando. Cada equipe anotou dois tentos. A diferença foi que o Goiás teve 3 ou quatro chances...

Mas foi de grande utilidade, claro. Duas vezes atrás no placar. Duas vezes recuperada a desvantagem. Quatro-quatro-dois funcionando a mil, salvo pequenas falhas e bobeiras. Claro que a ênfase segue na Libertadores, o que permite estas falhas de concentração, como a roubada de bola que resultou no segundo gol adversário. Conclusões? O Imortal Tricolor segue bravo, forte, detemido, aguerrido, valente, brioso, pegado, viril, etc, etc e etc. Segue sendo o Imortal Tricolor, aquele que gostamos, das causas impossíveis, que só desiste do jogo um pouco após o trilar final do apito. Estamos preparados para enfrentar o Cruzeiro e quem mais aparecer pela frente, rumo à conquista do maior torneio continental. Quem duvida, é louco.

Agora, lá: Maracanã, fim da tarde de hoje. O Flamengo, precisando recuperar-se do baque sofrido recentemente, convocou um timinho de várzea para um jogo-treino. Goleou-o, obviamente, sem a menor dificuldade. Foram quatro gols marcados naturalmente, três deles pelo quase-acabado-em-fim-de-carreira Adriano, outrora Imperatore. Alguns vão dizer, especialmente a imprensa, vermelha, que foi por causa da utilização de reservas. Acontece que esta mesma imprensa, vermelha, afirma, sem esconder o orgulho, que os símios têm o melhor elenco do Brasil, constituindo-se no melhor time do Brasil. Foi fácil comprovar que não o são, certo? Ainda acham que têm chance de reverter contra o Corithians...

Agora, Ilustre Leitor, borracho, imortal torcedos, é unir todas as forças, todas as correntes, pensamentos positivos, mandingas, simpatias, orações e demais crenças e focar tudo no sucesso do Grêmio em Minas, frente ao Cruzeiro. Vamos mostrar a esses mineirim que o Cruzeiro saiu de circulação em 1994, quando o Brasil passou a usar o Real.

Lembra que, além de invictos na competição, nunca deixamos de marcar fora de casa e jamais levamos gol em casa. Assim, é só manter a escrita que chegamos à final. Fácil, é óbvio que não será. Mas alguém realmente gostaria que o fosse?

Vamos, Grêmio!