domingo, 31 de maio de 2009

Treinos e Ilusões

Vamos começar pelas ilusões.

O time do Aterro está na liderança do campeonato nacional e a imprensa, vermelha, insiste em enaltecer este fato ao afirmar que todas as vitórias foram conquistadas com equipe reserva. Mas olhemos friamente para cada uma das partidas e façamos, juntos, uma análise justa e imparcial:

- Corínthians, abertura do certame. A equipe paulista, mesmo em casa, poupou, de verdade, seus atletas após a conquista do Paulistão. Assim, jogando de sangue doce, fizeram os macacos suarem muito para obter a vitória, que dependeu exclusivamente de um lance isolado de Nilmar. Nada mais fez, o atacante e o time, durante o restante da partida.

- Palmeiras, primeiro jogo no Chiqueirão da várzea. Novamente enfrentando um paulista, os macacos venceram, desta vez por dois tentos (muito aquém da média de gols do "super-time", né?). O gol de D'Alesandro no final da partida fez a árvore explodir em alegrias, mascarando ainda mais a pouca qualidade técnica do verdão de Luxemburgo. O resultado de hoje, frente ao Barueri corrobora o péssimo estado do time do Parque Antártica.

- Goiás, no Serra Dourada. Taison deu a vitória aos moranguinhos, marcando o único gol do jogo (e o tal demolidor de defesas alheias?). Claro que o evidente fato de Iarley, o melhor atleta do time adversário, vestir a camisa vermelha por baixo do uniforme foi veementemente ignorado pela imprensa, vermelha, que viu apenas os "reservas" dos símios jogarem.

- Avaí, na várzea do Guaíba. No início do certame, a mesma imprensa, vermelha, que vê apenas o que quer, afirmou que um time cuja escalação começava por Eduardo Martini não poderia ser levado a sério nesta competição. Pois foi esta equipe, encabeçada e liderada pelo bravo ex-atleta tricolor, que anotou o primeiro tento contra o timeco do aterro. Porém, o gol de Alecsandro, substituto do lesionado Nilmar, garantiu o 2x1 e a vantagem.

Análise fria dos fatos: mesmo que o início dos jogos fosse sem quatro titulares, deixando o time com a etiquete de "reserva" ou "B", as vitórias só foram conquistadas com a entrada dos titulares em campo. Alia-se a isso a fragilidades de 4 adversários, por razões diversas: falta de interesse na rodada, fragilidade técnica de um time tradicional, líder da equipe adversária engajado na vitória vermelha e extrema fragilidade de um equipe catarinense, que não bastando isso ficou mais de 30 anos afastada da divisão principal do certame. Será que algo sobre estes fatores sairá publicado nos veículos jornalísticos do Estado? Duvido! Assim como sigo duvidando que o timinho vermelho tenha capacidade de anotar os 21 gols faltantes para chegar à média de 3 por partida até a décima rodada.

Vamos ver como se sairão frente ao Cruzeiro, no Mineirão... Evidente que não podemos negar que, apesar de a imprensa, vermelha, não mostrar os fatos relevantes e decisivos das partidas, que os símios estão garantindo importantes pontos para manterem-se na liderança por muitas rodadas, o suficiente para perderem o posto só lá no segundo turno, ficando fora, inclusive, da zona de classificação à Libertadores, lugar de times bravos, tradicionais, guerreiros e aguerridos, simultaneamente.

Já o Grêmio, ainda falamos de treinos, certo? Paulo Autuori está aproveitando as partidas do Brasileirão para testar o esquema tático e os atletas. Assim, o Grêmio, tal qual o Corínthians da rodada de abertura, não está ligando para o Campeonato Brasileiro e certamente não o fará até o término da Libertadores de América, quando passará a encarar a competição nacional como um grande preparatório para o Munidal Interclubes. Portanto, nação tricolor, não nos preocupemos com o certame caseiro, pois de nada nos servirá. Até porque o prêmio pela sua conquista nós obteremos na noite de 15 de julho, no Estádio Olímpico Monumental, correto?

Vamos em frente, que o que nos faz vibrar e sorrir é a Libertadores. E tal qual 1983 e 1995, esta Libertadores também será nossa!

Um comentário:

Airton Bagatini disse...

Caro Volquind,

Creio que foste infeliz nos teus comentários deste final de semana. Se foi para não deixar o caos adentrar em nossos sentimentos, não foi o suficiente. A realidade do nosso co-irmão nos causa sérias preocupações como a de ganhar todos os campeonatos este ano. Não adianta "tapar o sol com peneira", nós não temos jogadores. O Tcheco já não é aquele de outrora, e sem ele o time não anda. Não adianta contratar o Autuori se o Grêmio não tem time. Já escrevi isto antes: - "A nossa Direção não entende de futebol" não sei porque assumiram. O nosso Presidente Playboy só tem sobrenome. O vice, só sabe inscrever os jogadores na Libertadores, mas não contrata ninguém. Repito, não temos time. Se chegarmos a final, será novamente por acaso e graças a torcida e ao Olímpico.
Agora para amenizar: -"Alguém sabe porquê o Douglas Costa não joga??" Colocar o jadilson ao invés dele? Por favor, me digam que é um problema contratual que não querem colocar o garoto, senão já estou duvidando até do novo técnico.

Bagatini