domingo, 19 de julho de 2009

Passam os anos, passam os séculos...

Mais uma vez comprovamos a diferença técnica entre as equipes que disputaram a Libertadores e aquelas que ficaram de fora, disputando a Copa do Brasil. O Grêmio já havia mostrado que a inferioridade do Campeão da Copa do Brasil era imensa, metendo logo três gols, com Ronaldo e tudo. Não satisfeito, resolveu enfrentar o vice-campeão. Resultado? Mais uma vitória, por 2x1, deixando o adversário largar na frente, para tornar a disputa equilibrada. E foi mais ou menos assim:

O Grêmio jogou o tempo todo com nove atletas. Talves menos, já que Tcheco e Fabio Santos estavam em campo, pouco fazendo senão atrapalhar. O mais tradicional e ágora centenário adversário veio com o que tem de melhor, tanto em campo como no banco e no tribunal. O efeito suspensivo, um tanto quanto suspeito, de D'Alessandro colocou o argentininho brigão que não ameaça ninguém em campo. Mas este, vendo a camisa adversária, nada fez. O outro moranguinho argentino, fez a mesma coisa. E o melhor plantel do Brasil, campeão de tudo e vice-campeão de tudo, perdeu a partida para uma equipe que nem dispõe de banco de reservas, tal qual fizera cem anos antes, no saudoso Fortim da Baixada, mantendo a tradição de respeitar o responsável por suas glórias inglórias e conquistas medíocres.

Nilmar marcou, como de praxe. Souza empatou, cobrando falta artisticamente. E Máxi López, em franco oportunismo, já na etapa complementar, anotou o tento da vitória, salvando a nação argentina do vexame. Herrera, com um chute que terminou na trave, ajudou dentro do que sua capacidade permitiu. Somam-se a estes o sempre eficiente Réver e a revelação Mario Fernandes, que demonstrou ser um atleta digno de vestir o manto sagrado tricolor, disputando o jogo com muita bravura e valentia, além de excelente técnica.

Enfim, vimos que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense é uma equipe de poucos atletas confiáveis: Victor, Léo (não jogou), Réver, Souza e Máxi. O resto é apenas para fazer número, com exceção de Tcheco e Fabio Santos, que além de não ajudar, atrapalham. Enquanto isso, o nosso playboy-presidente, Duda Kroeff, fica dizendo que está satisfeito com o elenco que dispõe. Será que ele assiste aos mesmos jogos que nós?

Só vencemos a partida pela fragilidade adversária. Os moranguinhos, talvez por medo, talvez por respeito, jogaram pior que o Grêmio e foram derrotados frente a 37.000 torcedores e 3.000 macacos.

GRE-nal passado, o certame continua. E o próximo adversário é o Avaí, na Ressacada, no início da noite de quarta-feira. Pode-se pensar que começam os adversários fracos. Mas é bom lembrar que estes jogam contra o Grêmio o jogo da sua história, complicando partidas tidas como fáceis, tal qual ocorreu na tarde de hoje com os símios.

Estamos em sétimo lugar na tabela e subindo, enquanto a turma do aterro ficou em terceiro e descendo vertiginosamente.

Resumidamente, passam-se anos, vira-se um século de história e, apesar de não ter vencido o maior número de jogos, o Imortal Tricolor mostra quem realmente manda nestes pagos.

Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, há cem anos e um dia enterrando o adversário.

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