domingo, 12 de julho de 2009

O Cair das Máscaras

É... A imprensa, vermelha, bem que tentou enaltecer os feitos de Ronaldo, o Gordo. Disse tudo o que quis e vai ter que engolir todos os comentários, depois de ter mordido a língua. Falou que o ex-fenômeno poderia decidir a partida, marcar gols com rara habilidade de conclusão, dar arrancadas fantásticas frente aos melhores zagueiros, etc, etc e etc.

Mas tudo o que se viu no Olímpico Monumental foi que a Copa do Brasil, desde 2001, não passa de uma divisão de acesso à verdadeira Copa, a Libertadores de América. A conclusão se tornou muito clara perante os olhos de todos quando o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense simplesmente não tomou conhecimento do atual campeão da Copa do Brasil, goleando-o em poucos minutos e administrado o resultado no restante da partida. Será que esta é a mesma equipe que esteve em Porto Alegre duas semanas atrás, conquistando o título? Tão frágil, tão desorganizada, tão sujeita a ataques e contra-ataques? Tudo isso graças ao bom trabalho de Mano Menezes, claro, pois se não dispusesse deste treinador, seria sério candidato ao rebaixamento.

Alex Mineiro, fazendo as pazes com as redes, Jonas, mantendo-se como artilheiro do time, e Rafael Marques, em ascenção para assumir a provável ausência de Réver, foram os marcadores dos tentos, com cruzamentos de Fabio Santos, de novo, Adílson e Souza.

Segunda goleada em duas partidas. Sete gols marcados. Avanço em saltos na tabela. E esta é a mesma equipe que disputava a Libertadores até há pouco tempo? Realmente, a diferença técnica entre os que disputam uma competição e outra esta sendo medida em anos-luz.

Enquanto isso, o vice-campeão de tudo, que dispõe do melhor elenco do país e tem o melhor ataque, fechou a décima rodada com a incrível média de 1,4 gols por jogo, menor inclusive que a do Grêmio, com quem eles tanto gostam de se comparar. Não é desta vez que terão seu nome escrito neste Azul espaço, certo?

Os macacos foram à Arena da Baixada para enfrentar o Atlético Paranaense, aquele mesmo que caiu de quatro no Olímpico um domingo atrás. Foram e tomaram uma tunda. Logo depois de abrirem o placar tiveram o prazer de ver o Furacão, um dos lanternas, reabilitar-se e fazer logo três gols, garantindo a vitória, apesar do ponto descontado no final. Saltou da zona de rebaixamento para a faixa da Sul Americana, o outro campeonato dos excluídos. E os moranguinhos ficam assistindo ao Galo mineiro, sob comando de Celso Roth, ascender na tabela, como de costume, e assumir a liderança isolada, para perder apenas perto do fim do certame, oxalá para o Imortal Tricolor. Tudo isto com o amuleto do uniforme branco, das grandes conquistas. Esqueceram que o veradeiro amuleto não estava presente, chamado Gabiru.

E como as melancias estão a se acomodar com o andar da carruagem, o Grêmio já está a apenas 6 pontos do líder e em ascendendo! Com um planejamento melhorzinho, pelo visto, basta não perder o foco do campeonato, como focar em uma partida que vale os mesmos três pontos de outra qualquer, que terá forças para chear entre os primeiros e garantir a Libertadores 2010.

Próximo adversário: o frágil Coritiba, no perigoso Couto Pereira. Nada que assuste ao Tricolor Azul e sua magnífica torcida. Uma pena que o atual presidente levará os louros destas vitórias...

Aonde chegaremos com este grupo? Eu vejo o topo como, no mínimo, possível. E tu?

Um comentário:

Srta. Fiorella disse...

É isso aí...hoje, no Olímpico, entre uma comemoração e outra, também pensava: "por que precisou A Copa acabar pra nós vermos o Grêmio jogando assim??"
Mas tudo bem, o jeito é olhar pra frente e vislumbrar o G4, com vistas a (lá no finalzinho, pq assim é melhor) trazer a taça desse outro tri.