domingo, 13 de setembro de 2009

E não é que deu certo?

Aconteceu o que quase ninguém acreditava... O que já parecia impossível. O que já estávamos perdendo as esperanças em ver...

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense venceu uma partida fora de casa! E melhor: contra todas as dificuldades possíveis, começando pelo gramado do Estádio dos Aflitos, tão comentado quando um time de Porto Alegre (da várzea, mas de Porto Alegre) foi ao Recife no primeiro turno, para enfrentar o Náutico. Aliás, o Estádio dos Aflitos e seus fantasmas de um passado recente, cheio de significados ao Imortal Tricolor. Com direito a expulsão de um dos principais atletas! Com direito à consagração do goleador do campeonato, que, aos poucos, faz o Imperador ajoalhar-se aos seus pés!

O Grêmio foi ao Recife, mais uma vez no palco do retorno do inferno, enfrentar o Náutico. E fez o que se esperava de um time como o Grêmio. Foi lá, jogou, sem frescura, sem firula, sem medos e sem receios. Fez logo dois gols e depois administrou o resultado, com magníficas defesas de Victor, o inVictor! Fez Souza anotar tento de cabeça. Fez o mega-artilheiro Jonas dar um lençol no zagueiro dentro da área, atrapalhar-se com a bola e concluir com maestria para o gol. Fez o Grêmio conquistar a vitória, conquistar três pontos e conquistar a sexta colocação na tabela do certame, onde já deveria estar... Tudo isto a apenas 8 pontos do líder, restando 42 pontos em disputa.

Fez mais! Fez o técnico começar a ter alguma credibilidade junto a este cronista! Fez com que Paulo Autuori começasse a mostrar que é aquele treinador tão badalado fora do Brasil. Fez com que as críticas passem a apontar apenas na direção do Presidente gremista, um cidadão que com certeza não merece ocupar a principal cadeira do clube.

Fez ainda a motivação maior da torcida do Imortal Tricolor, que lotará o Olímpico Monumental na partida de domingo, frente ao Fluminense, às 16 horas, horário ideal para o domingão, certo?

E vocês sabem o que aconteceu pouco antes desta reedição da Batalha dos Aflitos? Foi o jogo mais badalado pela imprensa, vermelha, do Rio Grande!

Foi no Chiqueirão da Várzea, onde a equipe do aterro foi poucas vezes vencida pela Raposa Mineira. Reedição de final de Campeonato Brasileiro. De priscas eras, claro, mas foi uma final. Um Cruzeiro desmotivado pela perda da Libertadores. Um Cruzeiro desfalcados por jogadores negociados na temida janela do meio do ano, mas também desfalcado de titulares. Um Cruzeiro com relações afetadas com o seu técnico, o Capitão América Adílson Batista. Enfim, um Cruzeiro dado como morto dias antes de chegar a Porto Alegre e sujeitar-se a botar os pés na várza do futebol gaúcho.

Assim, o Cruzeiro entrou no gramado do Aterro e foi logo sendo garfeado e levando gol. E como ninguém mais esperava, nem mesmo o número recorde esperado para o Chiqueiro na tarde de hoje, ficarm assistindo ao Cruzeiro jogar e desfilar seu futebol no gramado do campinho. Viram Gilberto anotar duas vezes, além de poderem assistir, ainda gritando, o gol da vitória mineira frente a todas as dificuldades impostas pela imprensa, vermelha, que matou o Cruzeiro. Só esqueceram de comunicar à equipe da Toca da Raposa que o resultado deveria ser outro, certo?

Vilão da vez? Pasmem! O gramado do Chiqueiro! Não bastasse inventar histórias sobre os gramados alheios, agora a culpa é do próprio pasto cultivado às margens do Guaíba! É o fim dos tempos... Os moranguinhos permaneceram na segunda colocação, lugar nobre para eles, e com sérias dificuldades para a próxima rodada, dificuldade esta que o Palmeiras, líder do certame, sentiu na tarde de hoje.

Portanto, Imortal Torcedor, sabes que tua bandeira deverá tremular pela cidade rumo às tribunas do Olímpico Monumental, para assistirmos de pé a mais uma vitória do Tricolor Azul, que está subindo rumo ao G4 e ao topo da tabela!

Se estou delirando? É claro que não! Sou gremista. E sendo gremista, só aceito as conquistas como prêmio de consolação e como objetivo da existência!

E tu?

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