quarta-feira, 8 de abril de 2009

Partido 11

O Imortal venceu mais uma! Em Libertadores, claro, que é o que realmente interessa. E nos brindou com duas visões bastante antagônicas sobre o ocorrido nesta noite maravilhosa.

A primeira, do resultado, mostra a evolução na tabela, praticamente consolidando o Tricolor dos Pampas na primeira colocação do Grupo 7, a frente de seus adversários, faltando duas partidas, mantendo, ainda, a chance de excelente classificação do Grêmio para as próximas fases.

A outra, do desempenho, mostra a decadência técnica de um grupo limitado, porém guerreiro. Se não fossem as atuações ímpares de Maxi Lopez e Souza, sem nem precisar citar Réver, o guerreiro de sempre, o Grêmio teria sérias dificuldades em superar o fraquíssimo Aurora. Tcheco e seu marasmo, o excesso de vontade aliado à pouca técnica de Herrera, o feijão-com-arroz de Fabio Santos e a atitude quase inoperante de Adílson fizeram com que os bravos zagueiros (Réver, Léo e Rafa Marques), Souza e o brilhante Maxi carregassem o time nas costas, jogando, os três, por todos os onze. Pior que é o mesmo time que amassou La U no Olímpico e colocou nas cordas o Chicó, lá em Boyacá. Explicações? Aceito todas.

Some-se a tudo isso a queda do técnico (obrigado, símios! Amamos vocês!) e as derrotas frequentes em GRE-nais, especialmente o último, e teremos uma síntese do que era o clima para a partida. Junte-se, ainda, o nosso playboy-presidente, que mal sabe o que é uma bola de futebol (e aposto que não consegue explicar o que é impedimento), disposto a aparecer mais que o clube, sem ter noção do tamanho do clube (na verdade, de sua insignificância perante a instituição Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense). Além dos demais dirgentes, capachos de um presidente ausente.

E para completar a crise, nem vou citar a imprensa, vermelha, que essa vê crise até em conquista de título por parte do Tricolor Azul. Mas a torcida, esta sim me surpreendeu. Nunca imaginei que a hinchada do Grêmio abandonaria o time em plena campanha de Libertadores. Ver o anel superior beirando o vazio, com poucas almas, foi entristecedor até para o mais duro dos corações. Desculpas? Horário, pós-derrota, saída do técnico, preços altos... Tudo balela! Quem acredita no Imortal, na boa e na ruim, estava lá! Éramos trinta mil vozes a cantar e vibrar com cada jogada (ou tentaiva de) que nossos herois realizavam em campo. Com cada carrinho de Maxi, com cada drible de Souza! Com os gols de Rafa, Maxi e Réver! Com o anúncio do técnico interino! Com a vitória e o encaminhamento da classificação!

Lembra, Ilustre Leitor! Lembra, Imortal! O Grêmio é maior que a crise, que o técnico, que o presidente e que o adversário! O Grêmio, gremista, é maior do que tudo!

Nenhum comentário: