domingo, 29 de maio de 2011

Ídolos!

Final de semana decidido pelos ídolos do futebol gaúcho! Cada um homenageando seu ex-clube de forma bastante particular, é verdade...

Na tarde de domingo, por exemplo, em horário nobre de futebol de qualidade, o Imortal Tricolor foi até o caldeirão da Arena da Baixada soprar o Furacão paranaense. Um jogo complicado antes do início, tamanha carência de atletas titulares do Tricolor dos Pampas, somados ao sempre difícil palco do espetáculo. Renato armou o time para agir defensivamente, mas sem abrir mão do objetivo mor do esporte, o gol. O resto é firula e frescura.

E o título deste relato é direcionado ao arqueiro adversário, um heroi não tão lembrado pela torcida, mas de grande valia em lutas passadas, principalmente no não tão longínquo 2004. Márcio, um guerreiro tricolor que fez tudo o que estava ao seu alcance (e um pouco mais, como manda o Manto Sagrado Tricolor por ele vertido) para evitar o trágico descenso. Este mesmo Márcio, que nunca deixou de amar o Tricolor, comunicou-se com seu zagueiro no momento do recúo, em tom audível apenas por estes e por Júnior Viçosa, dizendo-lhe para tocar a bola para trás, que seria facilmente defendida. O resultado foi um gol estranho, é verdade, mas importantíssimo e definitivo para a conquista dos três primeiros pontos, recuperando o Imortal Tricolor do revés da estreia. Uma prova de amor e heroismo que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense proporciona a todos aqueles que o amam e que o respeitam.

Mas os gregos já opunham comédias e dramas desde a idade antiga, certo? Pois não é que tivemos o episódio cômico na noite de sábado? Um cearense, jogando pelo Vovô Ceará, ídolo símio-varzeano, veio à várzea da Capital Federal dos Gaúchos para homenagear seu ex-clube (sim... Clube é uma definição pomposa demais para aquele aglomerado, reconheço), diante dos poleiros-sob-reforma-para-a-Copa. E ficou lá, quietinho, no banco de reservas, agradecendo aos ceus por não mais fazer parte da equipe VERMElha, quando foi chamado pelo seu treinador. Estava passando quase incólume pelo embate, mas entrou em campo e anotou o tento decisivo, fazendo o Chiqueirão da Várzea bradar seu nome - Iarley, Iarley - e relembrar os tempos já vividos na pocilga.

Assim, a conclusão de sempre, de cada um tem o ídolo que merece, mais uma vez se faz presente, tornando impossível não realizar a comparação. Márcio de um lado, permitindo um conquista do Imortal, e Iarley do outro, afundando o ex-clube na lama que chafurda...

Próxima etapa, Ilustre Leitor, é fazer as tribunas do Templo Máximo do Futebol Gaúcho, o Estádio Olímpico Monumental, tremerem para assustarem o adversário da vez, o Esporte Clube Bahia (sempre respeitado e reverenciado pelo seu brilhante e útil passado), fazendo com que a Máquina Tricolor conquiste mais trê importantes pontos.

E antes que eu esqueça, os dois cartões amarelos da partida ainda não foram suficientes, mas já demonstram um princípio de espírito de luta, que influiu definitiva e decisivamente na conquista da tarde!

Canto pro meu Tricolor! Meu único amor!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Un mensaje.

... y si existe alguna cosa que necesitamos más en el equipo es la alma castellana. Después del 2005 no tuvimos mas las ganas en la cancha. No tuvimos la oportunidad de mirar a los jugadores luchando por una conquista, que es lo que se espera a uno que viste el manto sagrado tricolor. Y la lengua española, acá utilizada, no necesita ser hablada en la cancha, pero si sentida por todos que allá están. La fuerza y determinación charrua deve mover los objectivos de Grêmio y hacerle nuevamente el más grande de todos!

domingo, 22 de maio de 2011

E tem início o Brasileirão 2011

E o início já foi bom, sob certo aspecto. Em horário proibido para crianças (e pobres, graças ao pay-per-view), o Santos estreou em casa no sábado, às 21 absurdas horas, bastante desfalcado (poupando-se para a Libertadores), contra o fraco representante sulino símio rubro. E do alto de todo seu desfalque, obteve um empate consolador, escancarando a fraqueza que a dita "força vermelha" representa em terras além-Mampituba. Ainda bem que demos uma conquistinha para eles, né?

Agora vamos falar mais sério, porque o que se viu hoje vem se repetindo com frequência descabida. Veja bem: a falta de atitude (talvez excessiva, é verdade) pode ser uma autoproteção diante de algumas situações novas ou inusitadas. O novo normalmente nos coloca em defensiva, com o pé atrás, aguardando uma melhor avaliação do que está acontecendo, para aí sim reagir e fazer acontecer. Será que isso é normal? Não sei. Mas sei que no caso do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, esta nova situação de pé atrás não deve nem mesmo começar! Terminar uma partida com derrota, reclamando da arbitragem (não vi quantos chutes a gol tivemos para ter créditos suficientes para reclamações), e sem nenhum cartão amarelo significa que a equipe não faz seu dever, ainda mais em casa, há tempos. E esta situação não tem sido nova para o Imortal Tricolor.

Desde a partida contra La Católica que o Grêmio apanha, é oprimido pelo adversário, tem jogadores sendo acuados pelos oponentes e sem esboçar o menor poder de reação. Cadê a voz do técnico no vestiário, mandando o time entrar forte, firme, viril em campo e também no adversário? Cadê o ímpeto dos atletas que devem jogar a morrer, sempre? Cadê a magia e a mística do Manto Sagrado Tricolor, que bastava para um jogador, por pior que fosse, vesti-lo para se tornar um gladiador diante das maiores adversidades? Cadê a velha garra, traduzida em imortalidade, do Tricolor dos Pampas, que tanto levou este time a glórias e conquistas?

Queremos ver um time jogando com vontade, com garra, partindo para cima do adversário e, se necessário, partindo o adversário. Corpos no chão, grama voando, disputas fortes, faltas para todos os lados e cartões, senhores, muitos cartões! Faltas e cartões amarelos estão previstos nas regras do futebol e devem, sim, ser utilizados à exaustão. Catimba, força, malícia, malandragem e requintes de violência (apenas o suficiente para parar uma jogada e impor respeito, sem machucar ninguém) devem fazer parte do protocolo de uma partida de futebol daqueles que trajam as imortais listras tricolores. O poder de reação passa pela intimidação, pela desconcentração que deve ser imposta ao adversário desde antes do início da partida. O poder de reação significa respeito, respeito que o adversário deve demonstrar pelo time gaúcho, único, absoluto no mundo da bola.

Estamos com saudades de jogadores raçudos, com espírito copeiro, com alma castelhana, com brios e com vontade de vencer a qualquer custo. Estamos com saudades de uma goleada de 1x0, onde o adversário apenas lamenta e aplaude. Estamos com saudades de jogar pelo regulamento, de comemorarmos um empate classificador ou uma derrota que nos leva adiante.

Cadê os espíritos de Oswaldo Rolla? China? Dinho? Cadê o sangue dado em campo? Lara, De León? Aquela arrancada de Roger na Libertadores de 95, de uma lateral a outra do gramado, desde o meio-campo, para desarmar uma jogada? Cadê a entrega e o espírito de luta?

Ilustres Leitores, temos a obrigação de apoiar ainda mais o nosso Tricolor. Temos o dever de alentar, de cantar, de vibrar e de torcer. E temos a missão de cobrar, pacificamente, que a Direção e a Comissão Técnica devolvam ao Grêmio aquilo de que o Grêmio sempre foi feito. 100% raça! 100% emoção! 100% força!

E vam'bora ao Paraná recuperar os pontos perdidos!

domingo, 15 de maio de 2011

Um Pouco de Compaixão

E se não fosse por nós, os irmãozinhos mais novos não teriam o que comemorar...

Essa relação fraternal é interessante, não? Às vezes entendo a interação entre o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, quando faço analogia ao que acontece na vida de dois irmãos. Brigam, degladiam-se, discordam, mas tudo entre eles. Na verdade, se amam, se idolatram, se apoiam. E esse amor, essa idolatria e esse apoio afloram quando a briga foge dos seus domínios. Sempre senti isso na relação com meu irmão, já que sou o caçula. Como bom caçula, muito incomodei, muito invejei, mas, principalmente, muito me espelhei no mano para tentar ser como ele, copiar suas qualidades para, um dia, poder sentir o orgulho de ter seguido o seu exemplo! E tal qual um irmão mais velho, sempre foi guia, protetor, cuidadoso no exemplo que estava deixando ao maninho, consciente da sua importância no desenvolvimento do pequeno, podendo, até mesmo, abrir mão de alguma coisa em detrimento ao seu irmão menor.

Pois bem, senhores, foi exatamente isso que se viu no Campeonato Gaúcho. Quando o Grêmio, primogênito, viu seu irmão caçula afundando na Libertadores resolveu agir. Decidiu que daria o Gauchão para seu pequeno irmão, permitindo-lhe um agradável consolo. Sabia da importância que o caçula dava ao certame, por mais que desdehasse. Sabia que a conquista deste singelo campeonato, que muito pouco vale, encheria seu mano de orgulho e graça. Então, eliminando Ypiranga e Cruzeiro da Taça Farroupilha, o irmão mais velho abriu caminho para que o pequeno conquistasse o título regional. E apenas para não parecer que era um presente de mão beijada, fez que lutou bravamente. Mas sempre pensando em como seria possível permitir ao pequeno indefeso a coquista final.

E assim, após a primeira decisão por pênaltis na final da Taça Farroupilha, o Tricolor dos Pampas abriu pequena vantagem no jogo de ida da final, para que seu caçula valorizasse sua conquista. Na volta, hoje à tarde, o Tricolor Azul deixou seu maninho conquistar, novamente nas penalidades, a Taça de Campeão Gaúcho 2011.

O parabéns vai todo para o Grêmio, que teve humildade, hombridade e humanidade suficiente para reconhecer a importância do título regional para um time que jamais vai deixar de ser regional. Deixou que a taça fosse parar na várzea da capital gaúcha apenas por compaixão às mazelas do irmão. Fez uma pequena comunidade feliz, sem, no entanto, deixá-la perceber que se tratava de um imenso presente, daqueles que só um irmão poderia oferecer.

domingo, 8 de maio de 2011

Ainda o Gauchão

E foi para uma tarde como a de hoje que o Grêmio fez questão de dar tanta emoção ao campeonato, valorizando muito cada uma das etapas e não fazendo com que fosse uma coisa fácil, ganha por antecipação, como grande parte de sua Imortal Torcida pedia. Uma pena que um adversário tão frágil tnha chegado à final, reduzindo drasticamente o brilho da conquista...

Deixando um pouco de lado a preocupação com Renan, que ficou enredado na rede, vamos descrever sucintamente o que foi a partida:

O jogo começou equilibado, é verdade. Lances lá, lances cá. Goleiros trabalhando, meias se degladiando, zagueiros espanando, etc. Até que num lance de sorte extrema, Andrezinho marcou. Tanto foi sorte que em outras duas oportunidades o Marcelo não permitiu que o das trancinhas fizesse alguma coisa.

Na sequência, o Grêmio se manteve avante na partida, enquanto os moranguinhos recuavam, recuavam, recuavam e recuavam... E num deste recúos, Rochemback, o grande capitão, despretensiosamente ergueu uma bola desacreditada para a área. Foi aí que se começou a garantir as obras do Chiqueirão para a Copa 2014. Viçosa, surgido do meio da massa de zagueiros VERMElhinhos subiu e, como Pedro Júnior já fizera noutra ocasião, tirou a bola das mãos do arqueirinho e a viu cortejar as redes símias. Um empate que fez explodir a nação azul!

O primeiro tempo se encerrou assim: um atacando e o outro recuando. Já na etapa complementar tudo mudou. Pelo menos o lado do campo, né? Já que o campo de defesa passou a atacar e vice-versa. Logo na abertura do segundo tempo, como é de praxe na várzea, o visitante marcou o gol da virada, deixando ainda mais perdidos os irmãozinhos. Leandro, de forma magistral, deixou sua marcas na rede do arqueirinho. A explosão virou êxtase total!

Segue o jogo e lá pelas tantas Gílson marca mais uma vez no certame, mais uma vez contra a própria meta. Desviou cabeçada de Cosme (ou Damião? Sempre confundo os irmãos). Foi o que o campeonato precisava para manter a emoção até o jogo final, pois logo em seguida o Grêmio confirmou a tendência que se fazia presente na partida: fez o terceito gol. 3x1 seria uma tragédia sem volta. Pelo menos o 3x2 permite um sopro de falsa esperança para o jogo final, que será realizado num estádio com cobertura.

Ah! Falando em cobertura, o segundo módulo doado pelo Júnior Viçosa foi exatamente o terceiro tento! Em mais uma bola boba jogada à frente da área, mais uma vez o nosso mega construtor implantou outra cobertura no estádio símio, contribuindo significativamente para as obras da Copa do Mundo no Brasil! Um verdadeiro mártir do evento! E neste mesmo lance o goleirinho VERMElho enredou-se nas próprias redes, ficando preso por lá. Aliás, alguém sabe se o coitadinho já conseguiu se soltar? Pelo menos levem algo para o pobre comer e o protejam da noite fria que se aproxima da várzea, já que na Azenha a temperatura está muito alta!

E é isso! Que venha o jogo final! E que se dê vivas ao Tricolor dos Pampas que, solidariamente, permitiu estes dois jogos e, principlamente, que o irmãozinho tivesse uma taça no armário (Taça Farroupilha), mesmo que desqualificada por eles mesmos.

E para fechar, pelo visto este milênio continuará vendo apenas o Grêmio campeão gaúcho quando a decisão se dá em GRE-nal. Sina?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Copa Libertadores de América - Parte III - Capítulo II (final)

Final antecipado da novela Libertadores 2011... E pela primeira vez na história, o Imortal Tricolor foi desclassificado na fase de oitavs-de-final. O Grêmio já vinha descreditado e desacreditado, principalmente pela imprensa, vermelha, que fazia questão de enaltecer um empate ocorrido em Montevideo e condenar a derrota sofrida nos domínios do Olímpico Monumental, somando-a à Taça Farroupilha, tão misericordiamente abdicada para que o co-irmão não passasse o ano em branco. Mas como ninguém nos entende...

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, além de descreditado, desacreditado e descontado (diversos titulares fora da partida), ainda entrou em campo desmotivado. Por que da desmotivação? Por causa da partida preliminar, ora!

Os moranguinhos, do alto do seu salto, conseguiram anotar um tento, quando tudo o que precisavam era não levar gols. A vantagem, tão amplamente bradada na semana passada, estava gigantesca! Só esqueceram de avisar ao Peñarol para não jogar... Acontece que Los Carboneros não abdicaram um só minuto da sua garra charrua. Foram para frente com toda a vontade que lhes é peculiar. E encontraram uma equipe amarelada, que começou a tremer frente à vontade demosntrada pelo time uruguaio. Os dois gols, anotados num intervalo de apenas 5 minutos, coroaram toda a incapacidade do passarinho assustado que treina o timinho VERMElho. Os varzeanos, jogando em casa, acabaram deixando transparecer o medo de enfrentar o Tricolor dos Pampas naquele que seria o maior confronto da história das Libertadores. Decidiram que não valeria a pena correr o risco de enfrentar o Grêmio e de deixar La Copa 2011 marcada para sempre. Ao final, choros, declarações entristecidas e explicações vazias. Com isso, acabaram por tirar o pouco de emoção que o Grêmio levaria à cancha chilena.

E foi exatamente isso. Sem a possibilidade de protagonizar o maior confronta da história da competição, os atletas tricolores se desmotivaram e acabaram não superando os universitários chilenos. Como o time da várzea abdicara do clássico, o Grêmio resolveu recolher seus brinquedos e voltar aos pagos, para ver se pelo menos nos clássicos do certame regional haverá alguma paridade por parte dos varzeanos.

Nem mesmo a derrota sofrida ao pé dos Andes, com a inédita eliminação nas oitavas-de-final, abalou mais a equipe do que o fato de deixar a imprensa, vermelha, sem o tão desejado encontro. Tanto falaram, tanto secaram o Grêmio na final da Farroupilha, tanto torceram para os símios da beira-lago, que os próprios primatas falharam e privaram o Rio Grande deste evento. Ao Grêmio, entristecido, só coube recolher suas esperanças e cruzar novamente os Andes.

Agora, como é de praxe nos pagos, só resta o Gauchão. E como ocorre desde 1999, sempre que o campeonato é decidido em GRE-nal, só o time sagra-se campeão. Vamos manter esta escrita, certo?

domingo, 1 de maio de 2011

Ainda sobre emoção

Bem que proporcionamos aos macacos o direito de:

1 - ganhar alguma coisa neste 2011; ou
2 - optar por ter uma agenda mais folgada, podendo não reclamar das datas dos jogos.

Mais uma vez, plagiando o Grêmio, escolheram a primeira opção. Assim como falavam de nós, são campeões de turno, invejosamente. Tiveram a clara opção de abortar o campeonato, mas não. Insistem em jogar no Olímpico Monumental, como se não bastasse a perspectiva de dois novos confrontos pela Libertadores.

E o melhor de tudo foi ver o grupo do Tricolor dos Pampas, com todas suas deficiências médicas, jogando de igual para igual (ou até melhor) com este que se diz o maior da várzea. Sabemos que com pequenas correções táticas venceremos os morangos amargos sem dificuldade, em qualquer das competições.

Por que emoção? Ora... Que graça teria um campeonato sem uma final disputada?

E por enquanto podemos dizer que "o primeiro milho é dos pintos". Esperemos o restante.

Então, já sabem: dia 15/05, Olímpico Monumental lotado para a volta olímpica! (E se tudo der certo no planejamento da imprensa, vermelha, dia 11 também encheremos nossa casa!).