domingo, 30 de outubro de 2011

Desforra!

E foi assim: um estádio inteiro indignado, com toda uma história atravessada na garganta. Eram mais de quarenta mil vozes a bradar. Mais de quarenta mil pessoas, em uníssono, chamando o mau elemento de pilantra, para ficar restrito ao publicável. Já antes do trilar inicial, quando da execução do hino da equipe visitante, nada se ouviu a não ser o som oriundo das tribunas. Apenas o coro, o conjunto de manifestantes despejando suas mágoas contra o traidor do início do milênio, a maior vergonha da história da Imortalidade.

Dado início ao jogo, o Grêmio preocupou-se mais com o meliante que com o jogo e sofreu um pouco. Pelo menos foi o que deu a entender. Na verdade, frente à fragilidade do adversário e ao talismã negativo (viram quem era o técnico dos urubus?), o Tricolor dos Pampas resolveu dar dois tentos de vantagem ao adversário, permitindo que abrisse uma larga vantagem e não fizesse uma apresentação vexatória. Mas apenas quarenta minutos para comporem tal vantagem...

Porque aos 41 minutos da etapa inicial, André Lima, atendendo aos desejos de todos os presentes, abriu o verdadeiro placar, descontando a desvantagem para 2x1. Cheio de marra, o visitante resolveu sair devagarinho, contando vantagem...

E veio a etapa complementar. Com sucessão de faltas e cartões amarelos, o Grêmio foi, aos poucos, impondo ainda mais seu jogo. André Lima novamente, em linda jogada com chute perfeito, empata a partida. Douglas, numa jogada de mestre, vira o placar. E o gringo Miralles, mostrando que seu investimento valeu a pena, acertou um potente chute de fora da área, selando o placar e colocando uma pá de cal sobre os dentes mais odiados.

Ao fim e ao cabo, apenas se viu que tal pessoa nunca fez, não faz e jamais fará falta ao universo do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

E pasmem! Tudo isso com apenas 10 em campo, já que o camisa 19, Marquinhos, ficou todo o tempo na partida, fazendo nada! E um viva ao Celso Juarez Roth!

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