sábado, 12 de abril de 2008

Indignação

Ano III - Edição 04/2008

Bem que o ano passado serviu de prenúncio. Um time praticamente imbatível quando atuava nos seus domínios, é verdade. Porém infensivo quando estava fora dos seus pagos, do seu rincão. Essa era a figura do Grêmio de 2007. E 2008, apesar do desmanche e da troca de treinadores, começou promissor, mas só até surgir o primeiro adversário. E nem era tão forte assim.

O EC Juventude, nosso mais querido e tradicional adversário, estava disposto a mostrar que a queda para a série B do Brasileirão não o tinha aniquilado. E quem pagou o pato? Sobrou para o Imortal Tricolor, do soberbo Celso Roth. Com toda a falta de humildade e inteligência possível, o treinado do Tricolor dos Pampas botou uma equipe desorganizada, fraca e desprotegida para jogar por uma derrota pelo placar mínimo. Pena que ele não sabe o que qualquer criança compreende. Para não deixar o adversário à vontade, deve-se segurá-lo no seu campo. Atacá-lo é a palavra de ordem.

Mas a soberba fez o Grêmio levar três gols dentro de seu porto seguro e ver seu caminho rumo ao tri do Gauchão escorrer por entre os dedos.

Pior que isso foram os dois jogos, anterior e posterior. O grande, incrível, multi-campeão goiano Atlético Goianiense, representante daquele estado na série C do certame nacional, conseguiu complicar a vida do Tricolor de Porto Alegre. Na primeira partida, no estádio do Serra Dourada, o Grêmio manteve a tradição de não vencer. E na volta, no Olímpico Monumental, a vitória pelo mesmo placar encaminhou o representante da alma azul celeste para a decisão por pênaltis, mais um martírio histórico da nossa equipe.

E como era previsível, jogadores mal treinados foram para as penalidades, sem confiança e sem precisão, resultando em mais um desfecho vexatório para nós, ainda no mês de abril, terminando com o planejamento do primeiro semestre. Que será que nos espera na Sul Americana e no Brasileiro?

Paulo Pelaipe já saiu. Pegou o chapéu e pediu as contas. Vazou.

Agora é esperar pela decisão sobre a vida de Celso Roth. Será que continua? Ou será que segue o mesmo rumo? Este cronista afirmou, poucas semanas atrás, que apoiava este técnico quando da sua contratação. Mas parece que meus prognósticos não se confirmaram.

Um destaque extremamente justo para Roger, que está mostrando empenho e entrega à causa tricolor! Está se mostrando adaptado à forma aguerrida e uruguaia do Grêmio jogar. Junto, vêm Eduardo Costa, obviamente, Léo, Perea e os limitados Pereira e Paulo Sérgio. Fora estes, a coisa tá feia...

Agora é esperar que a Direção faça o que deve, ou seja, reforçar o comando técnico e a equipe, para que o Grêmio tenha o mínimo de competitividade e possa disputar as primeiras posições dos certames que estão chegando. Quem sabe a Copa Sul Americana não possa, ainda, vir parar nas nossas mãos? Eu sigo acreditando e apoiando, na boa e na ruim.

O Grêmio é um sentimento que se ama de coração!

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