domingo, 2 de agosto de 2009

Quando fazer faltas faz falta

Foi no Chiqueirão, em Porto Alegre, lá na várzea. A redenção dos moranguinhos aconteceu frente ao famoso Barueri, digno representante do futebol paulista e multi-campeão, como por exemplo Campeão das Séries A-2 e A-3 do Campeonato Paulista, o que o caracteriza como uma das grandes equipes do futebol brasileiro e mundial. E em partida eletrizante, claro, como os representantes da várzea tanto gostam. Foi com dureza e sofrimento que o espetacular Barueri foi abatido aos 40 minutos do segundo tempo, salvando a imagem (ainda existe imagem?) dos vermelhinhos do aterro. Agora já são os bam-bam-bam novamente e vão em busca de um supercampeonato internacional. É o encontro entre o campeão do certame dos excluídos da América e o atual lanterna da J-League. Pior vai ser aguentar a imprensa, vermelha, enaltecendo este "feito histórico do futebol"...

Mas falando em futebol de verdade, duas são as conclusões sobre o ocorrido na rodada do meio da semana com o Grêmio: primeiro é o técnico, com seu jeitinho carioquinha de boa paz, bom malandro da Lapa, que não quer violência no time; segundo é o próprio time, que abdica do significado da camisa que veste para assistir ao São Paulo jogar, deixando de anotar faltas, ou seja, segurar o ímpeto adversário com garra, vontade e um pouquinho de força.

Outrora eu já dissera que "um pouquinho de violência nunca fez mal a ninguém", não, obviamente, com a conotação de quebrar adversários e fazê-los sangrar, mas apenas com o objetivo de utilizar um dos recursos previsto nas regras do esporte bretão. Até porque fechar uma partida com apenas duas faltas marcadas chega a beirar o ridículo. E tudo isso por causa das instruções do novo técnico, que não quer expulsões ou suspensões causadas por advertências da arbitragem. Apenas esqueceu que tem que jogar futebol.

E jogar futebol significa, entre outras coisas, fazer faltas. Se é para assistir, existem as tribunas para isto.

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