domingo, 26 de junho de 2011

Até onde queremos ir?

Cada vez mais complicado. Cada vez mais difícil. Cada vez mais sofrido. O Presidente Fabio Koff diria que está cada vez mais para o Grêmio!

Comecemos pelo improvável: alegando frio e feriadão, a macacada ficou nas cavernas e praticamente não compareceu ao Chiqueiro. Assim, não conseguiu ver o multicampeão (do campeonato catarinense, mas multicampeão) Figueirense ficar em estado letárgico e simplesmente não conseguir jogar. Levou quatro gols, como se realmente não estivesse em campo. Mas inacreditavelmente, o Furacão do Estreito ainda consegui anotar um tento nos VERMElhos... E tem gente que comemora como se a atuação fosse brilhante. Chegaram ao nono lugar, o que imagino ser o ápice para a mediocridade varzeana.

Já o Grêmio ainda sente a falta de seus melhores jogadores de ataque. Mas mais do que isso, voltou a sentir falta da vontade de jogar dos seus melhores jogadores. De que adianta reclamar de Lins e Viçosa (que nem jogou hoje), se Douglas, Gabriel e companhia não fazem o dever? Fernando e Magrão tentaram muito chegar à frente, mas não é a deles. Marquinhos teve o destaque de se machucar ainda na etapa inicial e ser substituído por Roberson. Sim! Roberson deixou Leandro no banco! Pelo menos com a alteração, Lucio recompôs o meio-campo, deixando a ala esquerda para Neuton e dando as oportunidades de Fernando e Magrão. Mas de que adianta a bola não chegar aos atacantes? A imprensa, vermelha, tem predileção em criticar os atacantes do Grêmio por não marcarem gols, como se a culpa fosse deles. Atacante precisa da bola redondinha para apenas encostar para as redes. Quando dá certo, qualquer Viçosa faz gols decisivos! Para aqueles que acham que estou mentido, voltem a 1995 e avaliem a qualidade técnica do centroavante do Grêmio bicampeão da América. Mal sabia chutar uma bola a gol. Mas fazia gols!

O que precisamos, mais que bons atacantes da ordem de André Lima, Leandro e Miralles, é de bons meias e alas que os abasteçam. Douglas, sozinho e desmotivado, não consegue fazer essa função. Gabriel, por alguma razão está longe do que fora ano passado. Lucio está em crise existencial entre o meio e a ala. E Mario e Neuton como alas são ótimos laterais, não mais que isso.

Pelo visto foi apenas após os dois gols marcados pelo Botafogo que resolvemos contra-atacar e mostrar um pouquinho da mística do Manto Sagrado Tricolor. Foi só no finzinho do jogo que conseguimos, mesmo com um homem a menos, anotar um golzinho. E dizer que já fizemos coisas mais incríveis com três homens a menos.

Agora o que quero é garra, fibra, vontade, determinação! Quem assistiu a River Plate e Belgrano hoje entendeu o que é jogar com vontade. Brigar pelo gol, pelo resultado. Quero empenho, entrega, entusiasmo, força! Quero faltas, muitas faltas! Chega de assistir o jogo. Quero protagonismo! E homenageando uma Ilustre Leitora:

Quero sangue na cara, suor na camisa, quero o Grêmio de raça!

Vale?

domingo, 19 de junho de 2011

E Viva a CBF

Tudo pela CBF...

Sabendo que a Copa do Brasil virou um refugo da Libertadores, o Grêmio decidiu fazer uma crítica sutil aos regulamentos impostos pela CBF e ficou no empate com o Vasco da Gama, atual campeão. Afinal de contas, por que não permitir participação simultânea na Copa do Brasil e na Libertadores, tal qual acontece nas principais federações munidais? Quando um clube vinculado à CBF poderá ser detentor de Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil ao mesmo tempo? A Internazionale fez isso em 2010, para ficar no exemplo italiano.

Ao jogo: em horário nobre, numa partida desparelha, onde o Grêmio amassou a equipe carioca, o pênalti propositadamente batido por Gabriel (viram que ele nem lamentou?) nas mãos do goleiro mostrou o que o Tricolor dos Pampas queria expor ao país e aos vizinhos. Na sequência, quando o Tricolor Azul resolveu marcar, o árbitro se encarregou de manter a "paridade" da partida, fechando a etapa inicial com o placar zerado.

Na etapa complementar, num cruzamento torto e despretensioso, que pegou Victor de surpresa, o Vasco abriu o placar, o que obrigou o Imortal Tricolor a buscar o fácil empate. Tão fácil que o tento foi anotado numa cobrança de escanteio, e por Roberson! Ou alguém pensa que Roberson foi colocado em campo para ser a solução para um gol, como alternativa a um ataque formado por Lins e Viçosa? Vamos falar sério, né?

E foi isso. Grêmio permite que o Vasco deixe a Capital Federal com um empate, "enaltecendo" a conquista da Copa do Brasil realizada sem os 5 grandes...

Já em horário secundário, o vice-campeão da Copa do Brasil, Coritiba, jogando em Curitiba, recebeu o sexto vetado. E amassou os VERMElhos! Só não ganhou o jogo de goleada por causa da magistral participação do arqueiro Muriel, que tal qual Taffarel, está predestinado a ser o heroi de um time perdedor. Mostrou técnica, agilidade, competência e sorte, principalmente num primeiro tempo totalmente verde no entardecer paranaense. Fez defesa e milagres sob as traves do histórico estádio sem história. E culminou sua tarde de glórias com a defesa de uma penalidade máxima, cujo rebote resultou no empate. Empate este suficiente para a manutenção do grande técnico da equipe varzeana! Afinal de contas, um ídolo como Falcão não merece as críticas severas que tem recebido de todos os lados, certo? Fica, Falcão, e mostra toda a tua (falta de) qualidade como comandante! Mais da metade do Rio Grande te apoia!

Próximo domingo terá o Grêmio visitando o Botafogo no Engenhão, para trazer os pontos necessaria e justificadamente desperdiçados na tarde de hoje. Ficamos na torcida por melhores resultados e menos política!


domingo, 12 de junho de 2011

Planejamento

Planejamento é aquilo que um grande clube faz antes do início do certame, onde avalia todas as possibilidades de alcançar o aproveitamento de 67%, suficiente para disputar o título da competição. Na teoria, significa 4 pontos ganhos em 6 disputados, ou seja, vitória em TODOS os jogos em casa e empates naqueles jogados fora, totalizando 76 pontos ganhos ao fim da disputa.

Por que falei teoricamente? Ora, sabemos que existem partidas nas quais triunfaremos fora de casa (como recentemente ocorrera contra o Furacão paranaense) e outras onde podemos perder os preciosos pontos dentro do nosso território (vide Corínthians, na partida de abertura). E a análise de em quais partidas sairemos triunfantes e em quais perderemos pontos é o verdadeiro planejamento a ser efetuado, chegando-se ao objetivo supremo. Assim, derrotas fora de casa para São Paulo, Santos e Cruzeiro, em geral, estão no planejamento da equipe, que poderão ser prontamente compensadas por vitórias sobre América ou Ceará, por exemplo. Sem contar que qualquer ponto ganho nestas "derrotas planejadas" significa avanço significativo na tabela e "reservas" de pontos.

A única coisa que não pode ser feita é explicitar este planejamento aos jogadores, pois poderão jogar com a sensação de que não precisam, o que não ajudará em nada no atingimento das metas estabelecidas. Simples, não? Pelo menos na teoria, o Grêmio está seguindo a lógica.

O que realmente é falta de planejamento é uma equipe não vencer em casa. Invicto como visitante, um certo time varzeano parece sentir a presença da água do Guaíba aos seus pés quando joga em seus domínios. Em mais uma apresentação horripilante (deveria ser proibido para menores), os moranguinhos mostraram que um Falcão só não faz verão. Estão depenando a ave a cada rodada. A panela já está aquecendo para seu cozimento, em fogo brando.

O Palmeiras, de Felipão, veio aos domínios símios para jogar por um empate, como consta no seu planejamento. E resolveu seguir o tal planejamento à risca, em respeito ao técnico VERMElho. A vitória do porco já estava mais do que sacramentada quando decidiram permitir um "honroso empate" da equipe da casa, evitando, assim, que o técnico venha a ser questionado, prejudicando os interesses alheios no campeonato.

Com Falcão no comando da equipe, sabemos que o Grêmio, como demonstrou nesta rodada, pode perder partidas e não ser superado pelo rival. Matéria para quem se programa e busca suas metas, certo?

Nesta quarta-feira começa a histórica decisão da Libertadores 2011, com o retorno do Peñarol à disputa pelo título! E após, no domingo, o Grêmio recebe o Campeão da Copa do Brasil para marcá-lo nas paleta! Sairão daqui com uma espetada do mosqueteiro, que recuperará seu caminho de vitórias frente ao cruzmaltinos. E tu, estarás nas tribunas, alentando?

domingo, 5 de junho de 2011

Resultado, resultado, resultado...

Resultado, o que realmente nos importa.

Não interessa se jogamos melhor. Não queremos saber se o adversário era mais frágil ou mais complicado. Não precisamos saber se o árbitro estava tendencioso. O que nos importa, de verdade, é o resultado.

E o resultado foi uma equipe brigadora enquanto esteve em campo. Uma equipe que buscava o gol. Uma equipe determinada, firme na sua missão de conquistar três pontos em casa, diante de sua Imortal Torcida que jamais a abandona. Um time ainda muito desfalcado de seu melhores atletas, mas que demonstra aquela vontade bárbara que todos nós gostamos de ver. Aquele time valente, brioso, forte, destemido, determinado, aguerrido, bravo, viril. Um equipe que joga na vontade, na força, na dividida, na valentia e no rumo do gol. O 2x0 no xará baiano veio, assim, ao natural. O Bahia foi praticamente anulado pelo Tricolor dos Pampas, recolhido ao seu campo de defesa apenas na forma de jogar do Grêmio. Foram pouquíssimas as chances que os visitantes tiveram no Olímpico, e apenas para assistirem ao brilho do melhor goleiro reserva do certame, o Gigante Marcelo Grohe!

Quem foi ao jogo não se decepcionou com a atitude do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que resolveu não tomar conhecimento do adversário. Quem assistiu pela televisão não se decepcionou com a Máquina Tricolor, que impôs ao adversário o seu estilo de jogo desde o início da partida. Quem ouviu pelo rádio não se decepcionou com o Tricolor Gaúcho, que buscou incessantemente o gol. E até quem não acompanhou o jogo não se decepcionou com o verdadeiro representante do futebol gaúcho, um futebol de alma charrua, ao perceber que o resultado não fora por mero acaso.

Com os dois tentos anotados por Júnior Viçosa, um reserva de luxo do grupo, o Imortal Tricolor assumiu a quinta colocação na tabela de classificação, talvez consolidando-se como uma das forças deste certame. Com apenas um ponto de distância do líder (ou três, conforme o resultado do meio da semana), o Grêmio mostra aos demais que, mesmo sem ser o melhor, sua bravura o alça ao topo.

Até porque temos um exemplo bastante próximo de que bons nomes não formam um time, certo? Do treinador ao centroavante, a equipe habitante da várzea lacustre pena para conseguir vencer um fraco e insignificante adversário. Consegue até mudar o local da partida para tentar obter maioria nas tribunas, para vencer a partida a duras penas. É uma pena que a tradição do futebol gaúcho sofra arranhões na sua imagem por causa de pequenos representantes sem atitude. O grande elenco ocupa apenas a décima colocação...

Voltando ao futebol, no sábado teremos um grande desafio, mais uma vez entre tricolores. O Grêmio irá ao bosque do Morumbi enfrentar os Bambi paulistanos. Uma partida sempre difícil, sempre disputada, sempre valorizada de parte a parte. E uma nova vitória pode significar a liderança, ainda com severos desfalques, dando ao Imortal Tricolor a clara oportunidade de concretizar o grande projeto do presidente Paulo Odone: assistir um helicóptero pousar no centro do gramado da Arena, para que Renato Portaluppi saia dele carregando a taça de Campeão do Mundo. Pretensão? Não, coloidos. Apenas uma realidade palpável. Basta acreditar e querer!