domingo, 28 de novembro de 2010

Libertadores logo ali!

É, Ilustre Leitor. Chegou o grande momento do ano para a Nação Tricolor. O momento do tudo ou nada. A verdadeira razão de entrarmos em qualquer disputa. Estamos a um jogo, apenas um, de garantir participação na Copa Libertadores de América 2011, a nossa décima terceira vez neste outrora nobre e disputado campeonato. Claro que devemos respeito ao Goiás, o qual será sumariamente secado por todos os gremistas do universo, para que sagre o Independiente campeão da Sul-Americana.

E o penúltimo ato foi quase uma crueldade: fomos ao Brinco de Ouro da Princesa enfrentar o Guarani. E o Bugre depositava esperanças num último suspiro frente à Máquina Tricolor, fazendo com que a partida não tivesse nada daquela facilidade apontada por alguns. Sabemos que alguém em desepero busca forças quase sobrenaturais. Mas mesmo assim, o representante do interior paulista sucumbiu e caiu. Vai dsputar a Série B do ano que vem, com toda a grandeza que ela merece. André Lima, centroavante típico, Jonas, em cobrança precisa da penalidade, e Diego "Místico" Clementino, em jogada aguda, marcaram os três tentos do Tricolor dos Pampas, selando a passagem do Bugre pela Séria A.

Mas para quem despreza confrontos contra ameaçados de rebaixamento, tivemos o (des)prazer de ver o Chiqueiro despedir-se do seu time de perdedores - oitava partida consecutiva sem vitória - frente ao Vitória da Bahia. Num réles empate em um gol, mostrou toda sua capacidade de não vencer mesmo uma equipe cambaleante e desestimulada. É a vida. E bastante dura.

Pela crônica anterior, o feitiço já acabou...

Então, Imortal Tricolor, o Olímpico Monumental deverá estar no mínimo lotado no domingo, para consgrarmos Renato Portaluppi como um dos maiores técnicos da história recente do Grêmio. O técnico que chegou na zona do rebaixamento e alçou o Grêmio ao posto de melhor equipe do segundo turno do certame e que será, sim, homenageado pelos Deuses do Futebol com a classificação à Libertadores, para desespero dos goianos (e de meia dúzia de gaúchos).

Rolando na Internet...

O Pacto

A data é 26 de novembro de 2005.
O local é o vestiário abafado e impregnado com cheiro forte de tinta
do estádio dos Aflitos, em Recife.

Tranquilamente a temperatura beira os 50 graus. Um verdadeiro inferno.

Nosso personagem está sentado em um canto, sob um banco vermelho de madeira. Está empapado em suor.

Mãos na cabeça. Olhos fixos no chão. Coração acelerado.
Busca lá no fundo do peito um pouco de oxigênio. Luta para não deixar o desespero tomar conta.
Não era pra menos. Minutos antes, o juiz havia marcado o segundo pênalti contra o Grêmio e expulsado três jogadores.

O Náutico estava prestes a fazer o gol da vitória.

Todo o trabalho de um ano estava caindo pelo ralo.
Era apenas isso que passava pela cabeça.
Tanto trabalho, tanta luta, tanta dedicação. Tudo indo por água abaixo.
Não era justo.

Pensava na família, nos amigos, na torcida gremista que estava em Porto Alegre e que sonhava com a volta à elite do futebol brasileiro.
Ele havia assumido o risco e estava falhando.
Com as lágrimas misturadas ao suor que escorria pelo rosto, ele pediu ajuda.

Faria qualquer coisa para que aquilo tudo terminasse diferente.

Ainda com a cabeça baixa, sentiu a presença de alguém ao seu lado.

Lentamente, voltou-se para sua esquerda se deparando com aquela figura bizarra.
Assustado, perguntou:

- Quem é você?

- Não importa quem eu sou. O que importa é que estou aqui para te ajudar. Vim propor um pacto.

- Pacto? Que pacto?

- Você sabe que eu tenho poder de fazer o seu goleiro pegar esse pênalti. Muito mais que isso.

Tenho poder de fazer seu time chegar à vitória.

- Você está louco! Isso é impossível! Estamos com sete jogadores em campo, não percebeu?

- Aceite a minha oferta e você verá.

- Lógico que aceito. Não tenho outra opção. Qual é o pacto?

- O Grêmio não perderá esse jogo.

Seu goleiro defenderá o pênalti e vocês vão fazer 1 a 0 mesmo com sete jogadores.

Serão os campeões e retornarão à elite do futebol brasileiro. Além disso, em menos de dois anos,

estarão de volta em uma final de Copa Libertadores. Não vão vencer, mas estarão lá.

Incrédulo, nosso personagem escuta a proposta.

- Eu aceito. Eu aceito. O que tenho que fazer? Se tiver que vender a minha alma, eu vendo.

- Você não tem que fazer nada. O que vai acontecer é que, num período de cinco anos,

seu maior adversário irá igualar suas conquistas.

- Como assim?

- É isso que você ouviu: em cinco anos, seu maior adversário vai ganhar tudo que vocês ganharam até hoje.

Inclusive aquele título.

Atordoado e sem condições de raciocinar, nosso personagem ainda teve tempo de perguntar:

- E depois destes cinco anos tudo volta ao normal?

- Sim. Depois destes cinco anos, tudo estará em suas mãos outra vez. É pegar ou largar. Topa?

O prazo venceu na sexta-feira...

domingo, 21 de novembro de 2010

Boa rodada? Talvez...

Terminamos a rodada na quarta colocação do certame, matematicamente impedido de ascender posições. Chegamos ao topo do que a atual direção nos proporcionou com a demora para a saída de Silas e, principalmente, para a energia motivacional imposta pelo Renato no vestiário. Assim, para Libertadores, temos que secar todos os verdes que seguem vivos na Sul Americana, para que não obtenham o êxito máximo da competição, permitindo que a quarta vaga brasileira ao certame maior seja nossa. Vale a torcida, claro, além do trabalho para mantermo-nos nesta quarta colocação.

O jogo de sábado, frente ao Clube Atlético Paranaense, mostrou que o adversário da vez não é nada diferente daquilo que demosntrara ao longo de toda a disputa: um time fraco, com um pouquinho de organização e sorte, comandado, magistralmente, por Paulo Baier. E favorecido pela arbitragem, o que também conta muito. E numa partida onde o Grêmio teve que enfrentar e vencer 11 atletas adversários, a pressão da necessidade do resultado e a ansiedade da torcida frente à expectativa gerada de chegar finalmente ao G-4, tivemos também que vencer o trio de arbitragem, que agiu de forma bastante incompetente, no mínimo, para não falar em favorecimentos. Sálvio Espínola conseguiu distribuir 9 cartões amarelos aos paranaenses, sem repetir! Nenhuma expulsão. Também não marcou penalidades a favor do Grêmio, tentando compensar com a anotada sobre Edílson, mas sendo rigoroso nas faltas cometidas pelo Imortal Tricolor. Deixou que jogadores e técnicos mandassem no jogo. Enfim, tudo o que a cartilha do bom árbitro veta.

Que bom que o Grêmio atual voltou a ser o Grêmio dos bons tempos e soube enfrentar as adversidades impostas por este adversário, logrando pleno êxito após o apito final. Um golaço de Neuton, participações espetaculares de Victor, inteligência de Douglas, garra de Paulão, força e segurança de Rochemback e Adílson, velocidade de Lucio, boas investidas de Edílson, participação extrema de Júnior Viçosa e Diego Clementino e a presença de área magistral de André Lima, associados à "baixíssima operância"de Fabio Santos, levaram o Grêmio ao seu ápice nesta competição, tudo sob comando magistral, genial, motivacional e emocional de Renato Portaluppi!

Estamos a duas vitórias de garantir a quarta posição sem depender de resultados de terceiros (ou de oitavos). Oitavos, aliás, que simplesmente desprezaram a ruindade do Botafogo, achando que o time carioca poderia vencê-lso com facilidade. Só o fariam se os moranguinhos colocassem seu time titular em campo...

E agora é isso, né? Dois finais de semana de muita torcida e aliento, empurrando o Tricolor dos Pampas a duas importantes conquistas, ratificando a quarta posição, atrelado àquela secadinha básica sobre Goiás e Palmeiras, para que nenhum vença a Sul Americana. Essa dependência é que marcou o "talvez" lá de cima, do título...

Dá-lhe Grêmio! Valeu, presidente Odone, pela renovação com Renato. Sabemos que nessa relação o empregado é o presidente, enquanto o dono da instituição Grêmio é Renato! Não havia possibilidade de não renovar.

domingo, 14 de novembro de 2010

Dos males, o menor...

Não gosto de questionar a arbitragem ou colocar nela as culpas pelos insucessos. Mas, sinceramente, colocar o Jonas para fora do jogo, alegando uma agressão gratuita, só teve utilidade para equilibrar a partida e não deixar o Santos perder em casa. Ou alguém concorda com a expulsão do goleador? Obviamente haverá um julgamento pelo STJD antes do jogo contra o Guarani, condenando nosso atleta a ficar de fora do campeonato, provavelmente fazendo companhia a Douglas.

Mas tudo bem. Mesmo assim passaremos o Atlético Paranaense e o Botafogo através das partidas que temos contra eles, além de vencermos também o Guarani, lá em Campinas, garantindo o quarto lugar do campeonato pelas nossas próprias pernas. Quanto ao terceiro, verificando os adversários do Cruzeiro, imagino ser mais fácil secar o Palmeiras na Sul Americana.

Além do lado positivo de mantermos plenas condições de chegar em quarto lugar, tivemos o prazer de ver os moranguinhos serem pisoteados em apenas 15 segundos. Isso tudo causado pelo grande, supremo, exuberante e incrível Avaí, seriamente ameaçado de rebaixamento. Já são 7 partidas do timinho do aterro sem uma vitória, achando, cheio de marra, que enfrentará a Internazionale em Abu Dhabi. Esquecem que falta enfrentar o grande representante congolês ou o imponente Pachuca antes. E pela bolinha que estão mostrando, vai ser um jogo de estreia e despedida...

Bueno, vivente! É hora de pegar em armas (bandeiras, mantos sagrados, bonés e quaisquer outros objetos alientadores) e reservar teu lugar no Olímpico Monumental, o Templo Máximo do Futebol Gaúcho para empurrar o Imortal Tricolor para mais uma vitória e, finalmente, deixar o ventinho paranaense no seu devido lugar.

É isso.

sábado, 6 de novembro de 2010

Goleada

Depois da nova derrota para o Fluminense e da vitória, sempre inesperada no Serra Dourada, sobre o Goiás, o Imortal Tricolor voltou a sua casa e aniquilou mais um adversário.

A vítima veio do nordeste, mais precisamente da capital cearense, e retorna para seu lar arrependidada de ter cruzado o Brasil. Foram 5 gols nas paleta, para não deixar dúvidas da superioridade do Tricolor Azul.

Até achei o gol anotado pelo Jonas um golaço. O vigésimo primeiro gol do artilheiro tinha tudo para ir para a galeria dos mais bonitos. Pegou de primeira, num passe difícil, e mandou para o fundo da rede. O problema foi o gol do Douglas, na sequência da partida: simplesmente uma obra de arte de um mestre. Não sei se a maestria é regra, mas que foi um senhor gol, não tenho dúvida. Golaço, de time grande!

Enquanto o Grêmio empilhava gols no Monumental da Azenha, tinha time comemorando o quarto empate consecutivo. Será um pré-requisito para disputar o tal mundial? Vai saber...

E agora, temos que matar um peixe à unha e comê-lo vivo, apesar da incoerência das palavras. O Santos tem que ser o prato do banquete que nos remeterá às glórias vindouras de 2011! Próximo sábado, na vila maldita. Tarefa hercúlea para um time guerreiro que tem um técnico milagroso.

Recado para a direção eleita do Grêmio: quem manda é o Renato. Se alguém corre risco de procurar emprego em 2011, não é o treinador-Deus gremista, com certeza.