Tudo normal

Tudo voltando ao seu devido lugar.

O Grêmio fazendo as pazes com a torcida e com sua consciência, com o técnico e o esquema tático, com a escalação e com os gols.

E os outros, caindo, entrando em crise, discutindo publicamente, tudo isso com direito ao ex-presidente dizer que não há mais desculpas de altitude, competições simultâneas, torcidas agressivas, campo ruim, grama verde, bola redonda, vento que sopra, linhas brancas, traves cilíndricas, etc...

Tudo como sempre foi...

Não é fácil ter razão...

Alguns apenas riram sobre o último texto, achando que era apenas um deboche escrachado. Outros, tal qual um espelho, refletiram sobre as palavras. Mas todos, com certeza, chegaram à conclusão de que este cronista estava correto ao afirmar que o adversário do domingo era medíocre.

E o Avaí, infinitamente superior ao adversário de domingo, escancarou tudo o que foi dito. Deixou claro que o time do Grêmio é limitado, necessita de reforços e tem uma tática ultrapassada e previsível. Só podia dar no que deu: mais uma derrota, mesmo que por placar mínimo, ao jogar fora de casa, amedrontado e acuado pelo adversário, também de qualidade duvidosa.

Pior que resolveram blindar o Tcheco, como se ele não fosse culpado por grande parte dos problemas da equipe...

Bem, ainda estamos relativamente bem no certame, quase que bem no meio da tabela, em oitavo lugar, ainda brigando, e com chances, para entrar na zona da Libertadores.

Mal mesmo está o adversário do domingo. Infinitamente inferior ao Avaí e contando com a ajuda da arbitragem, conseguiu manter o empate contra o São Paulo, já sem Muricy Ramalho, eterno cedente de resultados. O beneficente da vez foi o árbitro, que simplesmente "não viu" os dois impedimentos, idênticos, que ocorreram. Assim, abriram dois gols e puderam assistir, de pertinho, o São Paulo FC empatar a partida e conquistar um pontinho no Chiqueirão da Várzea.

Agora, que venha o Santo André. Se não fizer frente a este timinho, não sei nem o que dizer do nosso Imortal Tricolor...

Mas ainda assim, sou Grêmio, sempre, na boa e na ruim!!!!

Passam os anos, passam os séculos...

Mais uma vez comprovamos a diferença técnica entre as equipes que disputaram a Libertadores e aquelas que ficaram de fora, disputando a Copa do Brasil. O Grêmio já havia mostrado que a inferioridade do Campeão da Copa do Brasil era imensa, metendo logo três gols, com Ronaldo e tudo. Não satisfeito, resolveu enfrentar o vice-campeão. Resultado? Mais uma vitória, por 2x1, deixando o adversário largar na frente, para tornar a disputa equilibrada. E foi mais ou menos assim:

O Grêmio jogou o tempo todo com nove atletas. Talves menos, já que Tcheco e Fabio Santos estavam em campo, pouco fazendo senão atrapalhar. O mais tradicional e ágora centenário adversário veio com o que tem de melhor, tanto em campo como no banco e no tribunal. O efeito suspensivo, um tanto quanto suspeito, de D'Alessandro colocou o argentininho brigão que não ameaça ninguém em campo. Mas este, vendo a camisa adversária, nada fez. O outro moranguinho argentino, fez a mesma coisa. E o melhor plantel do Brasil, campeão de tudo e vice-campeão de tudo, perdeu a partida para uma equipe que nem dispõe de banco de reservas, tal qual fizera cem anos antes, no saudoso Fortim da Baixada, mantendo a tradição de respeitar o responsável por suas glórias inglórias e conquistas medíocres.

Nilmar marcou, como de praxe. Souza empatou, cobrando falta artisticamente. E Máxi López, em franco oportunismo, já na etapa complementar, anotou o tento da vitória, salvando a nação argentina do vexame. Herrera, com um chute que terminou na trave, ajudou dentro do que sua capacidade permitiu. Somam-se a estes o sempre eficiente Réver e a revelação Mario Fernandes, que demonstrou ser um atleta digno de vestir o manto sagrado tricolor, disputando o jogo com muita bravura e valentia, além de excelente técnica.

Enfim, vimos que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense é uma equipe de poucos atletas confiáveis: Victor, Léo (não jogou), Réver, Souza e Máxi. O resto é apenas para fazer número, com exceção de Tcheco e Fabio Santos, que além de não ajudar, atrapalham. Enquanto isso, o nosso playboy-presidente, Duda Kroeff, fica dizendo que está satisfeito com o elenco que dispõe. Será que ele assiste aos mesmos jogos que nós?

Só vencemos a partida pela fragilidade adversária. Os moranguinhos, talvez por medo, talvez por respeito, jogaram pior que o Grêmio e foram derrotados frente a 37.000 torcedores e 3.000 macacos.

GRE-nal passado, o certame continua. E o próximo adversário é o Avaí, na Ressacada, no início da noite de quarta-feira. Pode-se pensar que começam os adversários fracos. Mas é bom lembrar que estes jogam contra o Grêmio o jogo da sua história, complicando partidas tidas como fáceis, tal qual ocorreu na tarde de hoje com os símios.

Estamos em sétimo lugar na tabela e subindo, enquanto a turma do aterro ficou em terceiro e descendo vertiginosamente.

Resumidamente, passam-se anos, vira-se um século de história e, apesar de não ter vencido o maior número de jogos, o Imortal Tricolor mostra quem realmente manda nestes pagos.

Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, há cem anos e um dia enterrando o adversário.

E agora?

O Imortal Tricolor resolveu disfarçar sua técnica e sua tática e deixou o Coritiba vencer a partida. Largou na frente, mas cedeu o empate. Provavelmente para deixar o adversário em condição favorável frente a sua torcida. Nada de mais, nada de menos. Seguimos em testes e ajustes, buscando o melhor acerto, para podermos arrancar fulminantemente na tabela.

Enquanto isso, os moranguinhos chutaram cachorro morto se achando os tais. Venceram o Fluminense, equipe sem técnico, sem objetivo, sem garra, sem força, sem nada. E era tão esperada a vitória sobre o rebaixável Fluzão, que pouco mais de 7.000 símios foram à árvore assitir ao martírio. Deixa estar. No próximo confronto, terão um adversário pela frente.

E o adversário é o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense! E a festa é para comemorarmos o centenário do primeiro GRE-nal, aquele dos dez a zero! É para comeorar a primeira goleada que os macaquinhos querem tanto nos enfrentar.

Claro que já imaginas um Olímpico lotado, alientando o Imortal para mais uma vitória, certo?

Eu estarei lá.

De bom na noite de hoje, só o Tetra do Estudiantes de La Plata. Só um time que criou a Batalha de La Plata teria o direito de conquistar este título! Dále, Estudiantes!

O Cair das Máscaras

É... A imprensa, vermelha, bem que tentou enaltecer os feitos de Ronaldo, o Gordo. Disse tudo o que quis e vai ter que engolir todos os comentários, depois de ter mordido a língua. Falou que o ex-fenômeno poderia decidir a partida, marcar gols com rara habilidade de conclusão, dar arrancadas fantásticas frente aos melhores zagueiros, etc, etc e etc.

Mas tudo o que se viu no Olímpico Monumental foi que a Copa do Brasil, desde 2001, não passa de uma divisão de acesso à verdadeira Copa, a Libertadores de América. A conclusão se tornou muito clara perante os olhos de todos quando o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense simplesmente não tomou conhecimento do atual campeão da Copa do Brasil, goleando-o em poucos minutos e administrado o resultado no restante da partida. Será que esta é a mesma equipe que esteve em Porto Alegre duas semanas atrás, conquistando o título? Tão frágil, tão desorganizada, tão sujeita a ataques e contra-ataques? Tudo isso graças ao bom trabalho de Mano Menezes, claro, pois se não dispusesse deste treinador, seria sério candidato ao rebaixamento.

Alex Mineiro, fazendo as pazes com as redes, Jonas, mantendo-se como artilheiro do time, e Rafael Marques, em ascenção para assumir a provável ausência de Réver, foram os marcadores dos tentos, com cruzamentos de Fabio Santos, de novo, Adílson e Souza.

Segunda goleada em duas partidas. Sete gols marcados. Avanço em saltos na tabela. E esta é a mesma equipe que disputava a Libertadores até há pouco tempo? Realmente, a diferença técnica entre os que disputam uma competição e outra esta sendo medida em anos-luz.

Enquanto isso, o vice-campeão de tudo, que dispõe do melhor elenco do país e tem o melhor ataque, fechou a décima rodada com a incrível média de 1,4 gols por jogo, menor inclusive que a do Grêmio, com quem eles tanto gostam de se comparar. Não é desta vez que terão seu nome escrito neste Azul espaço, certo?

Os macacos foram à Arena da Baixada para enfrentar o Atlético Paranaense, aquele mesmo que caiu de quatro no Olímpico um domingo atrás. Foram e tomaram uma tunda. Logo depois de abrirem o placar tiveram o prazer de ver o Furacão, um dos lanternas, reabilitar-se e fazer logo três gols, garantindo a vitória, apesar do ponto descontado no final. Saltou da zona de rebaixamento para a faixa da Sul Americana, o outro campeonato dos excluídos. E os moranguinhos ficam assistindo ao Galo mineiro, sob comando de Celso Roth, ascender na tabela, como de costume, e assumir a liderança isolada, para perder apenas perto do fim do certame, oxalá para o Imortal Tricolor. Tudo isto com o amuleto do uniforme branco, das grandes conquistas. Esqueceram que o veradeiro amuleto não estava presente, chamado Gabiru.

E como as melancias estão a se acomodar com o andar da carruagem, o Grêmio já está a apenas 6 pontos do líder e em ascendendo! Com um planejamento melhorzinho, pelo visto, basta não perder o foco do campeonato, como focar em uma partida que vale os mesmos três pontos de outra qualquer, que terá forças para chear entre os primeiros e garantir a Libertadores 2010.

Próximo adversário: o frágil Coritiba, no perigoso Couto Pereira. Nada que assuste ao Tricolor Azul e sua magnífica torcida. Uma pena que o atual presidente levará os louros destas vitórias...

Aonde chegaremos com este grupo? Eu vejo o topo como, no mínimo, possível. E tu?

Novo Sonho, Novo Fim...

É... Tem gente que acha que é grande e que pode sair por aí, bradando que é o maior. Resolve subir a serra e acaba sofrendo com a altitude. Altitude do salto, claro, pois o Grêmio já mostrou neste ano que altura não faz mal a ninguém.

Assim, a Liga Deportiva Universitaria, equipe de tradição no futebol mundial, venceu a Recopa Sudamericana de 2009. E de goleada!!!!

Como era previsível, aquele time que caiu na primeira fase da Libertadores venceu facilmente aquele outro que sequer obteve a classificação.

3x0, somado ao 1x0 de Porto Alegre, Levoua grande LDU ao seu segundo título internacional. Um título bastante apagado, é verdade, já que o adversário era de uma ruindade incrível. Desde quando alguém poderia imaginar que um timinho de várzea poderia subira as montanhas e sair vencedor? Só coisa de quem tem a mente bem pequenininha, mesmo, né?

E mais uma vez o Seu Manoel avisou os moranguinhos: o sonho acabou! E a realidade é dura...

Nova Prioridade

De ressaca (sim, ressaca da desclassificação), o Imortal Tricolor levantou, bateu a poeira e veio para dar a volta por cima. Recebeu o Clube Atlético Paranaense. Fez o que já deveria fazer a muito tempo. Talvez pela falta de pressão. Talvez pela diferença de qualidade do adversário. Talvez por vergonha na cara dos jogadores.

O que importa é que Máxi López e Herrera maracaram tentos, dois para cada, garantindo a vitória por 4x1 frente ao Furacão paranaense. Resultado fantástico, digno do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, apesar da pessoa que o preside...

Chegamos ao nono lugar na tabela do campeonato mais importante do ano a partir de agora. Objetivamos chegar no mínimo em quarto, para garantir a disputa da verdadeira competição. Sabemos que a tarefa é árdua, não pelos adversários, mas pelo potencial da nossa própria equipe. A esperança está depositada nas eventuais contratações que podem ocorrer na janela de agosto. Apesar de ser mais fácil perdermos os poucos atletas que temos, né?

Mas deixando o futebol de lado, vamos falar um pouquinho sobre os símios. Novamente foram a Recife para enfrentar o Náutico nos Aflitos. Novamente, prevendo fracassos em sequência, falaram mal do gramado, já encontrado um culpado para uma eventual derrota. E o Náutico, dentro de toda sua "grandeza" e "tradição", perdeu a partida. Este resultado será, obviamente, exaltado pela imprensa, vermelha, do Rio Grande, que tratará o resultado como uma façanha. Mas essa mesma imprensa, vermelha, só não lembrará que o que eles fizeram com time completo, nós fazemos com sete ateltas em campo.

E que o futuro seja mais generoso com o Grêmio, em todos os sentidos, apesar do presidente.

E lembra, Imortal Tricolor, que mesmo não sendo campeão, o sentimento não se termina!

Partido 3

E eis o fim da contagem, um tanto quanto antecipada.

Antecipada pela direção do Grêmio. Antecipada pelo técnico do Grêmio. Antecipada pelos atletas do Grêmio. Antecipada inclusive pela torcida do Grêmio.

A direção, que liderada por um abobadinho qualquer escondido sob o sobrenome e a fama do pai, que acha que só por isso é alguma coisa, não contrata, não dispensa, não muda, não faz nada.

O técnico, que mesmo recém chegado, resolve revolucionar sem ter armas. Muda esquema tático sem ter os jogadores adequados para tal, tornando um razoável 3-5-2 num risível 4-4-2.

Os atletas, pois não são os nomes corretos para jogar sem a proteção dos 3 zagueiros. Estamos sem laterais, sem volantes, sem meias e sem um atacante. Que esperar disso?

E a torcida, pois sequer houve 45 mil torcedores na noite de hoje. Ficaram fazendo o que em casa?

Alguns tentaram culpar o juiz, já que um gol mal anulado e um pênalti não marcado poderiam mudar o rumo da partida. Na verdade o que mudou o rumo da partida foi a atuação de Fabio Santos, que ao tentar marcar Kleber, o marginal, deixou-o livre para adentrar a área e cruzar para alguém completar. Este mesmo Fabio Santos perdeu bolas no meio, na lateral, no ataque, em suma, em qualquer lugar do campo por onde andasse.

Souza bem que tentou, mas só entrou em campo para anotar um gol, como tem sido o seu normal, enquanto Tcheco... Bem. Esse conseguiu fazer nada mesmo.

Sobraram Victor, Léo, Réver e Máxi, os verdadeiros merecedores de vestir o Manto Sagrado Tricolor. Uma saudação à atuação de Adílson, que hoje mostrou caráter, personalidade e vontade de jogar, sendo praticamente o único atleta com atitude. Culminou na sua expulsão, mas era isso ou mais um gol.

E fica a lição, se é que fica, de que se deve ter muito mais vontade de jogar e muita atenção, para conquistar uma das mais fáceis Libertadores de todos os tempos, mesmo com uma equipe muito inferior.

Ainda assim, eu e mais 44 mil estávamos lá, torcendo, vibrando e alientando até o trilar final do apito.

Paciência. Fim do ano que vem acaba este mandato e poderemos ter a sorte de termos novamente um presidente digno da institui;cão Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Campeão de Tudo!

Sábias as palavras do Seu Manoel, padeiro, nos fins das tardes dos domingos: o sonho acabou!

Grêmio e Cruzeiro têm 4 títulos de Copa do Brasil.
O Corinthians conquistou seu terceiro.
O Flamengo tem dois!
E os símios, tal qual Santo André, Paulista e Criciúma, entre outros, tem apenas um.

Acreditavam em 3! Tomaram 2 e viram o título esvair-se de vez. Com atletas equilibrados (D'Alessandro, Magrão e Kléber), os habitantes do aterro conduziram o Corinthians ao título, dando a Ronaldo, o Gordo, a sua primeira conquista nacional.

Foi um campeonato maravilhosos, com decisões espetaculares, partidas disputadíssimas até seus minutos finais! União, Guarani, Náutico, Flamengo e Coritiba foram superados! E tudo isso para entregar o título para o Corinthians! Tudo isso para morrer na praia, como nos bons e velhos tempos...

Até o Corinthians vai disputar Libertadores no ano do centenário, enquanto certo timinhos da beira da água ficam só chupando o dedo.

E para aqueles que defendem que a torcida tem que ser sempre pelos gaúchos, independente da situação e da equipe que joga, digo: Salve Mano Menezes, gaúcho de Santa Cruz do Sul!

Quem não canta é amargo. E mais amargo é ter que voltar para casa, cabisbaixo, pensando nas explicações que serão dadas na manhã de quinta-feira...

Agora dá licença, que vou até a Padre Cacique, para ver a cara deles!