domingo, 2 de dezembro de 2007

Despedidas...

Ano II - Edição 63/2007

São diversas as despedidas abordadas nesta Crônica. A primeira é a própria Crônica Futebolística, que se despede das edições ordinárias do seu Ano II. Um ano muito bom, com grandes avanços tanto no número de ilustres leitores como na forma de divulgação e publicação, através deste blog, com acesso a todos que quiserem. Foram 63 edições de muito sucesso, despertando a atenção e o sentimento do ilustre leitor, sempre mantendo a justiça e a imparcialidade, características e premissas básicas deste meio de divulgação de idéias e ideais.

A segunda despedida é do Campeonato Brasileiro 2007, que encerrou-se exatamente hoje, com a última rodada, que definiu os 4 classificados à Libertadores, os 8 indicados à Sul Americana e os 4 rebaixados à segunda divisão. Um campeonato mais uma vez fantástico, disputado do início ao fim, repleto de emoções, contestações, surpresas e disputas.

A terceira despedida começa a expressar a nossa tristeza. É Mano Menezes, nosso supremo comandante, que conduziu o Imortal Tricolor à ressurreição, agora declara encerrada sua era a frente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Depois de assumir o time no fatídico e heróico ano de 2005, conquistou de forma inacreditável a Série B daquele ano, o bi-campeonato Gaúcho (2006/2007), sendo a última edição a mais difícil de todas (lembramos que o Campeão do Mundo ficou apenas na sétima colocação), além da terceira colocação no Campeonato Brasileiro 2006, que proporcionou o retorno do Tricolor dos Pampas à Libertadores de América e a mais uma final continental. Por tudo isso, o mínimo que podemos dizer é Obrigado, Mano!

Há uma quarta despedida. Esta é hilária e contaremos nas próximas linhas, já que foi conseqüência da rodada de hoje do Campeonato Brasileiro, rodada que apresentou 10 jogos decisivos! Todas as partidas envolveram definições de classificação e descenso. Mas mantendo nossa tradicional concentração nos jogos do Imortal Tricolor e nos daquela outra equipe insignificante que habita as várzeas da nossa cidade, começaremos por esta última.

Os símios foram a Goiânia para enfrentar o Goiás, um dos três clubes ainda ameaçados pelo rebaixamento.E quase estragaram a festa dos locais, marcando um gol. Por sorte o Goiás empatou poucos minutos depois, ainda na primeira etapa. E na segunda, em um momento de lucidez do árbitro Djalma Beltrame (lembram dele da Batalha dos Aflitos), uma penalidade máxima foi marcada a favor dos locais. Com a idéia fixa de que haveriam tantas cobranças quantas fossem necessárias para marcar o gol, o árbitro mandou voltar duas vezes a cobrança. Apenas na terceira tentativa a bola entrou e salvou definitivamente o Goiás do inferno. Enquanto isso, o Paraná Clube perdia no Rio de Janeiro para o Vasco, selando seu destino para o ano que vem.

Já em Porto Alegre, com o resultado do Serra Dourada favorável ao Goiás, o Imortal Tricolor não precisou de mais do que 1 minuto e meio para mandar o SC Corínthians Paulista para o inferno! Com um gol quase sem querer de Jonas, logo no início da partida, o Corínthians começou a se preparar para conhcer o inferno e o capeta. E é essa a nossa quarta despedida: a despedida do Corínthians do mundo dos grandes. Vai, Corínthians! Vai pro inferno e dá um abraço no capeta, mas avisa que não estamos com saudades. E quero ver se vocês voltarão de lá como nós voltamos, jogando bola, peleando, brigando e passando sufoco, mas sem comprar nada nem ninguém, sem corromper pessoas ou instituições, sem ajuda de quem quer que seja fora de si próprio. Vai, meu filho. Vai em paz e sofre. Sofre como nós sofremos, mas vê se cria juízo e vergonha na cara para voltar como nós voltamos. E aprende que tua arrogância e soberba não serve de nada.

Corremos o risco de ser mais odiados do que somos, afinal não fomos os "responsáveis" pela queda do Curingão, mas tivemos o prazer de pôr a pá de cal em cima, de pregar o último preguinho do caixão, de ver a Fiel calada e chorosa, não acreditando na situação que estava diante de seu olhos. Isso, definitvamente, é muito mais divertido que classificar para a Libertadores 2008 sem ter um time preparado para enfrentá-la num momento de profundas mudanças. Mas... Ser odiado no Brasil faz parte do currículo básico do Imortal Tricolor! Somos, sem sombra de dúvida, a mais odiada das equipes do Brasil do ponto de vista dos brasileiros. E isso nos enche de orgulho!

Aguarde, ilustre leitor. Em breve estaremos publicando uma Edição Extra, com o balanço do ano Tricolor sob o ponto de visto deste humilde cronista. E teremos, talvez, uma idéia do que fora esse ano para nós.

Dá-lhe, Grêmio! O mais odiado no país!